Não é fácil falar de
mim, fica sempre a sensação de ser pouco realista ou exagerada. Acontece a todos, creio, não se saber muito bem por onde começar
quando o assunto é dar a conhecer por palavras quem se é.
Cresci
num bairro calmo dos arredores da minha capital Lisboa, uma das mais
belas cidades, que me presenteia cada manhã a caminho do trabalho com um nascer do sol divino sobre a ponte Vasco da Gama, no Tejo.
Após anos de
estudos como adolescente pouco rebelde, devido à personalidade tímida
e sossegada, a passagem despercebida por duas faculdades levou-me ao
aprofundar de línguas e literaturas portuguesa e inglesa, creio que
um dos poucos 'dons' que tenho é um jeito apurado para sotaques e
conversação em língua estrangeira.
Aos 41 vejo-me como
uma rapariga normal que optou por trabalhar na área da aviação
civil, um gosto que vem de família, tentando superar dias mais
complicados quando o trabalho de escritório dita semanas longas e
stressantes; o bichinho das viagens e aviões falou mais alto.
Por
incrível que pareça ainda moro na mesma casa onde nasci e na
companhia dos meus pais; como não casei até hoje, não tenho filhos
e nem estabilizei numa relação de longo prazo torna-se, admito,
mais confortável poder aproveitar melhor o tempo para mim mesma.
Apesar de uma auto-estima pouco funcional, considero-me
inteligente, curiosa pelas coisas que me rodeiam e esforço-me por
agradar aos que fazem parte do meu círculo pessoal; sou afável,
tenho empatia pelos bons de coração e aprendi a dar sempre o meu
melhor quer no trabalho quer nas relações pessoais, embora por
vezes me esqueça do que é melhor para mim.
Sou sorridente,
divertida, carinhosa e atenta; inspiro-me nos tempos livres fazendo o
que realmente gosto: escrever, imaginar estórias, pintar desenhos ou
simplesmente ouvir música; escrevo desde os 16 e para mim é um escape
à realidade por vezes complicada de estar viva e ser malabarista
nesta sociedade complexa.
Adoro viajar, nem que seja muitas vezes
pela tv a ver programas da National Geographic ou a ler revistas de
natureza, os animais são-me queridos. A estação do Outono
fascina-me e dias de muito calor não são para mim, há um encanto
nas cores vibrantes outonais e no aconchego das roupas mais
confortáveis.
Mas bem, não sou só lado bom e tenho os meus
dias mais soturnos, sou teimosa e por vezes irrito-me facilmente, o
stress anda lado a lado comigo e já me têm dito que preciso de
acalmar o cérebro, gostar mais de mim e não me preocupar com os
pensamentos ou manias dos demais.
Adoro viver, amar, descobrir,
sentir e tento tornar o meu mundo num local onde os que me conhecem
bem se sintam bem-vindos e cuidados.
O meu mote? - A vida é como o
espelho, o que lhe mostras é o que ela reflecte!
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